quinta-feira, 30 de abril de 2009

Abril de 2009 - Haruki Murakami



O grupo inteiro adorou Norwegian Wood, uma história de amor e amizade, na qual o personagem Watanabe se debate entre a vida (Midori) e a morte (Naoko).


Murakami nos proporcionou boa literatura, música e uma clara visão da cidade de Toquio dos anos 60. Ele, frequentemente ligado à literatura pop, fala da morte, da loucura, da tristeza e do sexo com naturalidade, conseguindo emocionar o leitor.


Norwegian Wood é também uma música dos Beatles: http://www.youtube.com/watch?v=RaNQjhXhfVs



O escritor foi dono de um bar de jazz em Toquio e o primeiro emprego dele foi numa loja de música como Watanabe.


Teria sido interessante conhecer mais detalhes da sociedade japonesa nessa época. Percebemos muita solidão e pouco contato familiar. No encontro, tentamos explicar a causa dos suicídios e da tristeza dos personagens. O sofrimento faz parte da vida. No entanto, na atualidade, buscamos fazer qualquer coisa para não enfrentar a dor.


Foram lidas muitas frases do livro. Transcrevemos a seguir algumas delas, também em espanhol para os amigos que estão lendo nessa língua:


Capítulo 2
"A morte não é o oposto da vida, mas uma de suas partes constituintes."
“La muerte no existe como contraposición a la vida sino como parte de ella”


Capítulo 3
"Era ao mesmo tempo dono de um espírito espantosamente nobre e de uma vulgaridade irremediável. Avançava otimista, liderando os outros, mas seu coração se embrenhava em um pântano da solidão. [...] Nagasawa vivia num inferno particular."


“Poseía un espíritu muy noble, no exento de vulgaridad. Mientras avanzaba a paso ligero guiando a los demás su corazón se debatía en soledad en el fondo de un sombrío cenegal. [...] Aquel chico vivía llevando a cuestas su particular infierno.”


"Sentia como se algo em mim houvesse se desintegrado, e, sem nada para preenchê-lo, uma caverna se formara. Meu corpo estava curiosamente leve e os sons ecoavam nele."


“Algo se hundió en mi interior y, sin nada que pudiera rellenar ese vacío, quedó un gran hueco en mi corazón. Mi cuerpo mostraba una ligereza anormal y una resonancia hueca.”

Capítulo 5
"Talvez realmente não sejamos capazes de nos adaptar completamente à nossa deformidade."

“Tal vez somos incapaces de adaptarnos a nuestras deformaciones.”

Capítulo 6
"[...] ao contrário, as rugas acentuavam uma jovialidade que transcendia a idade. As rugas combinavam perfeitamente com seu rosto, parecendo estar lá desde seu nascimento. Quando ela sorria, as rugas também sorriam; ao ficar séria, as rugas também ficavam sérias. Quando seu rosto não estava nem alegre nem compenetrado, elas se espalhavam por todo seu semblante com ironia e ardor."


[...] “las arrugas, lejos de envejecerla, le conferían una juventud que trascendía la edad. Formaban parte de su rostro como si ya hubiese nacido con ellas. Cuando sonreía, las arrugas sonreían; cuando ponía cara seria, las arrugas ponían cara seria. Y cuando no sonreía, ni ponía cara seria las arrugas se esparcían por todo su rostro, irónicas y cálidas.”

Capítulo 10 (Carta de Reiko a Nagasawa)
"Se estamos no escuro, o jeito é passar algum tempo parados, até nossos olhos se acostumarem à escuridão."


Cuando uno está rodeado de tinieblas, la única alternativa es permanecer inmóvil hasta que sus ojos se acostumbrem a la oscuridad.


“People are strange when you´re a stranger” (Jim Morrison)




Comemoramos nossos primeiros 6 meses de vida com um bolo delicioso (presente da Simone) e vinho argentino.

O clube de leitura é motivo de felicidade e de satisfação pessoal.

Obrigada a todos pelo carinho e intercâmbio nos encontros e no blog.

Um abraço,
Andréa e Gabriela

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