quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Dezembro de 2009 - John Boyne - O menino do Pijama Listrado


Adoramos mais este encontro!

Obrigada a todos os novos amigos que compareceram!

O tempo pareceu pouco para tudo o que a gente quis dizer e debater.

Começamos trazendo a receita do educador e escritor Rubem Alves para saborear um livro: “[...] Leia vagarosamente, bovinamente, ruminando, brincando com as palavras, sem querer chegar ao fim, como se estivesse fazendo amor com a pessoa amada”. O psicanalista e escritor Contardo Calligaris também se fez presente através da frase: “A literatura é o catálogo das vidas possíveis e impossíveis. Quanto maior for nossa liberdade, mais necessário se torna ter um catálogo de experiências possíveis para poder exercê-la. Porque ninguém é capaz de inventar uma vida a partir do nada. A vida é inventada a partir de uma combinatória de sonhos que já foram sonhados. A literatura é um meio de aprender a sonhar a própria liberdade.”

Com 23 participantes presentes, a discussão fluiu continuadamente. As palavras explodiram logo depois de assistirmos ao trailer do filme “O menino do pijama listrado”, que foi lançado esta semana no Brasil.
http://www.youtube.com/watch?v=oFkMTN439g0

Houve quem adorou o livro e também quem ficou furioso com o aspecto ingênuo da trama. Ainda que John Boyne tenha escrito a novela para um público juvenil, o livro agradou o público adulto, convertendo-se em um best-seller traduzido em diferentes idiomas.

A história é narrada através de Bruno, um menino de 9 anos, filho de um general nazista que se muda com a família para uma casa ao lado do campo de concentração de Auschwitz. A trama se baseia na amizade entre ele e Shmuel, um menino polaco judeu que vive do outro lado do alambrado.

Os dois meninos nasceram em 15 de abril de 1934, ano em que, Hitler passa a se auto-intitular Líder ("Führer")
da Alemanha e demanda um juramento de lealdade de cada membro das forças armadas. No livro, o menino, por não entender a pronúncia exata, o chama de “Fúria”.

O livro foi adotado em diversas escolas e ficou no ar a dúvida de como estará sendo feita a interpretação pelos adolescentes.

No encontro, discutimos ainda sobre os preconceitos. O problema maior, que é do “pré-conceito” virar “conceito” - e se transformar em uma realidade em nossas mentes e vidas.

Falamos da cegueira do ser humano, em geral, e, no caso do Holocausto, do ódio injustificado, que, uma vez plantado nas cabeças e contagiados os corações, acabou por justificar atrocidades inimagináveis. Tantas vezes optamos por não querer enxergar, seja pela segurança que pensamos ter em nossas vidas, por ideologias, para nos proteger da dor...

Recorremos a José Saramago e seu livro Ensaio sobre a cegueira, e assistimos a um pedacinho do documentário Janela da Alma (de João Jardim e Walter Carvalho), onde ele opina sobre as injustiças que os homens cometem por conta da tal cegueira voluntária.
... o espetáculo que o mundo nos oferece, de violência, sofrimento, não tem justificação ...


Um abraço e até o dia 20 de janeiro!!!!!

Andréa e Gabriela
=)

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