quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Fevereiro de 2011 - GOETHE


FOI COM A CONVERSA SOBRE WERTHER E SEUS SOFRIMENTOS  ROMÂNTICOS QUE EMBALAMOS NOSSO FERIADO DO CARNAVAL


¡DISFRUTAMOS DEL FERIADO DEL CARNAVAL CONVERSANDO SOBRE WERTHER Y SUS SUFRIMIENTOS ROMÁNTICOS!


 

Os Sofrimentos do Jovem Werther,
publicado em 1774,
converteu Goethe numa celebridade literária.
O livro fez sucesso imediato e
provocou na época a chamada “Febre de Werther”:
os jovens se vestiam como o personagem do romance
e vários até se suicidaram por amor.

Las Desventuras del Joven Werther,
publicado en 1774,
convirtió a J. Wolfgang Von Goethe en una celebridad literaria.
El libro fue un éxito rotundo y provocó en la época la llamada “Fiebre de Werther”:
los jóvenes se vestían como el personaje de la novela
y muchos se suicidaron por penas de amor.


 O leitor sente carinho por Werther, um homem inteligente, em plena crise existencial, que brinca com as crianças e que exala suspiros de amor a cada passo.

Era Werther bipolar? Depressivo? Doente de paixão?
O que Carlota sentia Carlota por ele?
Seu final foi uma outra desventura ou uma fria e infantilizada vingança?
Se fosse hoje em dia, a história teria terminado de outro modo?

 El lector le toma cariño a Werther, este hombre inteligente en plena crisis existencial que juega con los niños y que exhala suspiros de amor a cada paso.

¿Era Wether bipolar? ¿Depresivo? ¿Un enfermo de pasión?
¿Que sentía Charlotte por él?
¿Fue su final otra triste desventura o una fría venganza infantil?
¿Hubiese sido más simple esta historia de amor en la actualidad?

O romance, quase na sua totalidade, é narrado
por meio de cartas que Werther envia a seu amigo Guilherme.
O livro começa e termina com o relato de um suposto editor,
que confirma ter recolhido tudo o que conseguiu achar sobre a história do Werther.

As desventuras do jovem Wether é um romance inspirado
em acontecimentos da vida real de Goethe.
O escritor foi amigo e esteve apaixonado por Charlotte Buff,
que se casou com Ketzner em 1773.
Em 1772, Jerusalém, o filho de um reconhecido teólogo,
se suicidou por amor, com armas que havia pedido emprestadas a Ketzner.
Quando Goethe publica o livro, Ketzner recebe centenas de cartas
condenando-o pela morte de Jerusalém.
Em edições posteriores, Goethe, que era amigo de Ketzner, teria tentado melhorar a posição moral de Albert no romance.
Adoramos nosso primeiro contato com Goethe!
Fica no desejo a leitura de Fausto, talvez sua melhor obra dramática.

La novela casi en su totalidad es narrada
por medio de cartas que Werther le escribe a su amigo Wilhem.
El libro comienza y termina con el relato del editor,
quien aclara que ha recogido todo lo que ha podido encontrar sobre la historia del desdichado Werther.

Las desventuras de joven Werther es una novela
inspirada en hechos de la vida real de Goethe.
El escritor estuvo enamorado y fue muy amigo de Charlotte Buff,
quien se casó con Ketzner en 1773.
En 1772, Jerusalém, el hijo de un reconocido teólogo se suicida por amor
con unas armas que le había pedido prestado a Ketzner.
Cuando Goethe publicó el libro, Ketzner recibió centenares de cartas que lo juzgaban sobre la muerte de Jerusalém con sus armas.
En ediciones posteriores Goethe, que era amigo de Ketzner,
intentó mejorar la posición moral de Albert en la novela.

Para la mayoría del grupo fue um placer descubrir a Goethe con esta linda novela.
Quedó pendiente la lectura de Fausto, tal vez, su mejor obra dramática.

Frases do/del genial Werther:


"Se tu me perguntas como são os homens aqui, eu te respondo que o são aqui como por toda a parte. A espécie é uniforme. A maior parte trabalha uma boa porção do dia para ganhar a sua vida; e o pouco que lhe fica livre os atormenta, a ponto de procurarem todos os meios possíveis para encher o vazio. Ó destino humano!" (17 de maio)
“El ser humano es una cosa uniforme. La mayoría emplea la mayor parte del tiempo en trabajar para vivir y lo poco que le queda de libertad le asusta tanto que hace lo imposible para deshacerse de ella.” (17 de mayo)


"Tudo neste mundo é miséria; e aquele que em contemplação pelos outros, e sem ser conduzido pela sua própria inclinação, se afadiga, se inquieta por dinheiro, por honras ou pelo que tu quiseres, na minha opinião será sempre um sandio." (20 de julho)
“Todo en este mundo se mueve hacia una misma vileza y una persona que trabaja por dinero, o por su honor, o por cualquier otra cosa sólo para satisfacer a otros sin que esto sea su deseo o su propia aspiración, no es más que un necio.” (20 de julio)


"Meu bom amigo, no mundo raras vezes dependem os negócios de uma alternativa. Há tantas diferenças entre os sentimentos e as maneiras de obrar, como gradações entre um nariz chato e um aquilino." (8 de agosto)
“Sólo una cosa, mi querido, en esta vida son pocos los momentos con un sí o con un no. En los sentimientos y en la conducta hay tantos matices como los que existen entre una nariz aguileña y una chata.” (8 de agosto)

"Tenho estado ébrio mais de uma vez, e as minhas paixões não têm estado muito longe do frenesi, porém não me arrependo; pois na minha esfera tenho aprendido a conceber a razão, porque sempre tem se desacreditado representando como ébrio e frenético, todo aquele homem extraordinário que obra alguma ação grande, incomum ou pouco honesta, ou extraordinariamente nobre, ou inesperada: este homem é bêbado ou doido... Ó homens que não sois nem ébrios, envergonhai-vos!" (12 de agosto)
“Más de uma vez estuve embriagado, mis pasiones nunca estuvieron muy lejos de la locura, y no me arrepiento ni de lo uno, ni de lo outro. Porque a mi manera he aprendido a comprender que a todos los hombres capaces de hacer algo extraordinario, algo imposible, siempre se los calificó de ebrios y locos.” (12 de agosto)


"[...] o ser humano é sempre o ser humano e a inteligência de que eventualmente dispõe pouco ou nada importa, quando a paixão o devasta e os limites da humanidade o impelem à ação. [...] Separamo-nos, sem nos termos entendido, o que, aliás, não é de admirar, pois neste mundo raramente nos compreendemos uns aos outros!
“[...] el hombre es el hombre y la chispa de inteligência que puede llegar a tener no vale mucho cuando golpean las pasiones y lo llevan hasta los límites de lo humano. [...] Y nos separamos sin que nos hubiéramos entendido. Aunque em este mundo no es fácil que uno llegue a entender al otro.” (12 de agosto)

 “¿Por qué será que lo que colma de felicidad al hombre es al mismo tiempo también fuente de sus desgracias?” (18 de agosto)
"Por que é que as coisas tëm de ser assim, e o que faz a felicidade do homem se transformar também na fonte de sua desgraca".


"Tenho tanta coisa e a lembranca dela tudo devora! Eu tenho tanta coisa e sem ela tudo se reduz a nada ."
“Tengo tanto para dar y mis sentimientos hacia ella consumen todo, tengo tanto, tanto, y sin ella todo se convierte en nada.” (27 de octubre al atardecer)


"Por que é que me despertas, hálito de primavera? Fazes-me carícias e dizes : Eu te orvalho com gotas do céu. Mas o meu tempo de murchar vai próximo, está próxima a tempestade que há de arrancar minhas folias. Amanhä chegará o viajeiro, chegará aquele que me viu em meu esplendor , os seus olhos me buscaräo olhando em volta na campina , e näo me encontraräo ."
(Texto do poeta James Macpherson que Werther lê em voz alta ao final do livro)


“¿Por qué me despiertas, brisa de primavera? Me arrullas y me dices: ¡mi rocío son gotas del cielo! Pero se acerca la hora en que me he de marchitar, cercana está la tormenta que hará caer mis hojas. Mañana se acercará el peregrino, aquel que me vio en mi hermosura. Sus ojos me buscarán en torno de sí, pero no me encontrará.”
(Texto del poeta James Macpherson, que Werther lee en voz alta al final del libro)


8 comentários:

  1. Meninas, não vou estar em SP no dia do encontro (sniff, sniff... BUÁÁÁÁÁ´!....), mas tenho um monte de perguntas!!!!

    1)Quando foi a última vez que vocês ficaram apaixonadas assim, querendo morrer de paixão? Mas, paixão assim, werthiana, paixão de corpo inteiro, paixão de corpo com alma, que faz acordar no meio da noite, não deixa dormir, que quando acorda vem à mente no primeiro segundo, que faz ficar boba, que faz ficar doida, que faz babar?!...
    2)Quando foi a primeira que ficaram apaixonadas assim?
    3)Honestamente, quantas vezes isso aconteceu assim na vida?
    4)Foram correspondidas?
    5)E como se resolveu essa paixão? (acho que no grupo ninguém deu a mesma solução que Werther, né? quá, quá, quá!)

    6) O que foi a coisa mais grandiosa que fizeram por paixão? E a mais humilhante?
    7)E como isso mudou a vida de vocês? O que melhorou? O que piorou?
    8)O que a experiência da paixão ensina?
    9) Ficar apaixonada foi um grande privilégio ou uma grande desgraça?
    10)Vocês preferem se apaixonar (e sofrer) ou não se apaixonar (para não sofrer)? Ou já deu o que tinha que dar e agora chega, não quero mais saber disso na minha vida?!
    11) O que é mais patológico - desejar doidamente como Werther ou só ficar, ficar, ficar, ficar sem querer, ou querer sem querer, ou querer sem realmente querer, ou então sem querer que seja intenso e que 'aquele momento dure a vida inteira e ainda de manhã no outro dia'?

    12)Afinal, o que sente Carlota? Ela está ou não está interessada nele? Ou é só uma histérica que só quer ser desejada sem o ônus de amar?!
    13)Como relacionar Werther e Bentinho/ Dom Casmurro e Carlota/Capitu?
    14) Trata-se de um romance 'semi-epistolar' (só Werther escreve); uma narrativa em primeira pessoa. Como romântico, como moderno, Werther pensa a partir de si. Como isso nos aproxima dele? Nos afastamos e distinguimos de Werther por oposição ou na verdade não há oposição - apenas radicalizamos sua solidão, a solidão do 'em si'?

    Ixe, tá ficando chato!... Chega!

    E, ainda, um presentinho para o grupo, do Pessoa:


    Todas as cartas de amor são
    Ridículas.
    Não seriam cartas de amor se não fossem
    Ridículas.
    Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
    Como as outras,
    Ridículas.
    As cartas de amor, se há amor,
    Têm de ser
    Ridículas.
    Mas, afinal,
    Só as criaturas que nunca escreveram
    Cartas de amor
    É que são
    Ridículas.
    Quem me dera no tempo em que escrevia
    Sem dar por isso
    Cartas de amor
    Ridículas.
    A verdade é que hoje
    As minhas memórias
    Dessas cartas de amor
    É que são
    Ridículas.
    (Todas as palavras esdrúxulas,
    Como os sentimentos esdrúxulos,
    São naturalmente
    Ridículas.)

    Grande beijo a todas!... Já estou com saudade!
    Lyzia

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  2. Olá Lyzia!
    A gente vai ter muitas saudades de você!
    Quantas perguntas!!
    Aos 16 anos fiquei pela primeira vez apaixonada assim, do jeito werthiano...! Lembro-me de todos os efeitos que essa paixão me provocou! Alguns dores de barriga, muitas alegrias, e também muitas lágrimas!
    Eu sofri bastante como nosso romântico protagonista e não fui muito bem correspondida!!
    As demais perguntas vão ser respondidas pessoalmente (cafezinho de por meio)! Porque tambén quero saber todas suas respostas!! =)
    Werther promete um encontro bom!!
    Gostei do poema!
    Vamos ler suas perguntas para todo o grupo!!
    Um abraço e obrigada por seu comentário e suas perguntas!
    Gaby

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  3. Ei Gaby!
    Muitos cafezinhos, então!
    Adoro cafezinho com histórias!
    Um feliz encontro para vocês.
    Super beijo!
    Lyzia

    ps: Ai, continuo triste de doer de não ir!...

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  4. Me encantó el libro. ¡Cuánta pasión!
    Algunas frases del genial Werther:

    “El ser humano es uma cosa uniforme. La mayoría emplea la mayor parte del tiempo en trabajar para vivir y lo poco que le queda de libertad le asusta tanto que hace lo imposible para deshacerse de ella.” (17 de mayo)

    “Todo en este mundo se mueve hacia una misma vileza y una persona que trabaja por dinero, o por su honor, o por cualquier otra cosa sólo para satisfacer a otros sin que esto sea su deseo o su propia aspiración, no es más que un necio.” (20 de julio)

    “En esta vida son pocos los momentos con un sí o con un no. En los sentimientos y en la conducta hay tantos matices como los que existen entre una nariz aguileña y una chata.” (8 de agosto)

    “Porque ami manera he aprendido a comprender que a todos los hombres capaces de hacer algo extraordinario, algo imposible, siempre se los calificó de ebrios y locos.” (12 de agosto)

    “¿Por qué será que lo que colma de felicidad al hombre es al mismo tiempo también fuente de sus desgracias?” (18 de agosto)

    “Tengo tanto para dar y mis sentimientos hacia ella consumen todo, tengo tanto, tanto, y sin ella todo se convierte en nada.” (27 de octubre al atardecer)

    Saludos, Gabriela =)

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  5. Gaby,
    ouvindo Haydn, que, descobri pesquisando para nosso encontro da próxima quarta, já compunha à época da publicação do "Werther", aí vão as frases em português, marcadas por você:

    17 de maio (também havia marcado) - "Se tu me perguntas como são os homens aqui, eu te respondo que o são aqui como por toda a parte. A espécie é uniforme. A maior parte trabalha uma boa porção do dia para ganhar a sua vida; e o pouco que lhe fica livre os atormenta, a ponto de procurarem todos os meios possíveis para encher o vazio. Ó destino humano!"

    20 de julho (também marquei...) - "Tudo neste mundo é miséria; e aquele que em contemplação pelos outros, e sem ser conduzido pela sua própria inclinação, se afadiga, se inquieta por dinheiro, por honras ou pelo que tu quiseres, na minha opinião será sempre um sandio."

    8 de agosto (esse período não havia marcado, mas é muito bom!) - "Meu bom amigo, no mundo raras vezes dependem os negócios de uma alternativa. Há tantas diferenças entre os sentimentos e as maneiras de obrar, como gradações entre um nariz chato e um aquilino."

    12 de agosto - "Tenho estado ébrio mais de uma vez, e as minhas paixões não têm estado muito longe do frenesi, porém não me arrependo; pois na minha esfera tenho aprendido a conceber a razão, porque sempre tem se desacreditado representando como ébrio e frenético, todo aquele homem extraordinário que obra alguma ação grande, incomum ou pouco honesta, ou extraordinariamente nobre, ou inesperada: este homem é bêbado ou doido... Ó homens que não sois nem ébrios, envergonhai-vos!"

    Aliás, a carta de 12 de agosto é fantástica - "[...] e como é raro neste mundo entenderem-se os homens uns aos outros!"

    As duas últimas frases que marcou, não consegui encontrá-las.
    Vale dizer que a minha versão do livro é da editora Hedra, de 2006, com tradução anônima a partir da primeira versão, de 1774. Há outras versões editadas, inclusive seguindo a edição de 1787, imagino. Descobriremos com os outros leitores no encontro!!

    Bj,
    Andréa

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  6. 22 de maio foi, sem dúvida, minha carta preferida. Aí vai um trecho:

    "Que esta vida não é mais do que um sonho tem sido a opinião de muitos; e também foi sempre o meu sentimento. Quando eu considero os estreitos limites em que se acham encerradas as faculdades ativas e especulativas do homem; quando eu observo que toda a nossa atividade não tende senão a satisfazer necessidades, cujo fim unicamente é prolongar a nossa miserável existência; que toda a nossa tranquilidade sobre certos pontos das nossas indagações não é mais do que uma resignação fantástica; e que somente nos ocupamos em pintar milhares de figuras confusas e quadros brilhantes sobre os muros que nos servem de prisão; então Guilherme, emudeço.

    Entro em mim mesmo e aí encontro um mundo!"



    E ainda mais uma, que vale para tanta gente que conheço e também aos participantes do Clube de leitura: "Não há prazer maior que mais sensibilize neste mundo do que vermos uma alma grande tratar-nos sem reserva."



    Fico, e até dia 2 !!!!

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  7. Gostei muito deste diálogo entre Alberto e Werther 1º livro 12 de agosto:-
    "o ser humano é sempre o ser humano e a inteligência de que eventualmente dispõe pouco ou nada importa, quando a paixão o devasta e os limites da humanidade o impelem à ação"....Separamo-nos, sem nos termos entendido, o que, aliás, não é de admirar, pois neste mundo raramente nos compreendemos uns aos outros...
    Acho que Carlota amou Werther, talvez de maneira diferentede como amava Alberto, seu marido... até porque eles tinham muitas afinidades...

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  8. Sonia, obrigada pela linda frase!!
    Eu também acho que ela amava os dois!
    Ate quarta!
    Gaby =)

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