sábado, 13 de novembro de 2010

Novembro de 2010 - MARY SHELLEY - Frankenstein




FRANKENSTEIN



Frankenstein é um livro surpreendente. Mary Shelley tinha apenas 19 anos quando começou a escrevê-lo, e publicou-o em 1818. No final do século XVIII, tem início uma divisão entre o romance educativo ou realista e um novo gênero chamado romance gótico. Frankenstein faz parte deste novo tipo de narrativa em que se encontram a violência, o horror e os acontecimentos sobrenaturais.

Frankenstein es un libro sorprendente. Mary Shelley comenzó a escribirlo con tan solo 19 años y fue publicado en 1818. A fines del siglo XVIII, comienza a producirse una división entre la novela “educativa” o “realista” y un nuevo género que se inicia con la llamada novela “gótica”. Frankenstein se encierra en este nuevo tipo de narrativa en la que confluyen la violencia, el horror y los sucesos sobrenaturales.

O romance foi narrado através de 3 vozes diferentes: as cartas que Robert Walton escreve para sua irmã, enquanto tenta chegar ao Polo Norte, o cientista Victor Frankenstein e o próprio monstro, que relata sua triste existência.

La novela está narrada en tres voces diferentes: por medio de las cartas que Robert Walton escribe a su hermana, intentado llegar al Polo Norte, por el científico Víctor Frankenstein y por la voz del propio monstruo quien relata su triste existencia.

Como toda boa obra da literatura o romance gerou muitas reflexões no Nosso Clube de Leitura. Compartilhamos com vocês parte das discussões e questionamentos:
Falamos sobre a relação entre o criador e a criatura, esse monstro hediondo, deformado e repelente, que, ao ganhar vida, é abandonado pelo cientista.
“[…] uma mão se estendeu como se quisesse segurar-me, porém eu fugi correndo pelas escadas. […] refugiei-me no pátio da casa,
[…] escutando atentamente qualquer som, como se ele fosse anunciar a aproximação do cadáver demoníaco ao qual tão desgraçadamente eu havia dado vida.”

Como toda gran obra de la literatura esta novela generó
un revuelo de reflexiones en el Club de Lectura.
Compartimos con ustedes parte de los cuestionamientos y de lo conversado con el grupo:
Hablamos sobre la relación entre el creador y la criatura,
ese monstruo hediondo, deformado y repelente, que al cobrar vida es abandonado por el científico a su suerte.
“Tendió hacia a mí una mano, como si intentara detenerme, pero me precipité presurosamente escaleras abajo. […], temiendo cada ruido como si fuera a anunciarme la llegada del cadáver demoníaco al que fatalmente había dado vida.”

Antes de começar a leitura, a maioria de nós pensávamos que Frankenstein era o nome do monstro e não do cientista, talvez por causa de todas as versões cinematográficas que foram criadas desta história. Sem dúvida, essa confusão de identidade se justifica ao colocar em evidência a monstruosidade do cientista.
A sensilidade e a natureza da criatura nos emocionou em várias partes do livro.
Alguém no encontro disse que “estranhos são os amigos que ainda não conhecemos.”

Antes de comenzar la lectura la mayoría de nosotros pensábamos que “Frankenstein” era el nombre del monstruo y no el del científico, tal vez, por todas las versiones cinematográficas que surgieron de esta historia. Sin duda, esta confusión de identidad hace justicia dejando en evidencia la monstruosidad del científico.
La sensibilidad y la naturaleza de la criatura nos emocionó en varias partes del libro.
Se dijo que: “Extraños son sólo amigos que aún no conocemos.”

Para alguns, a trama é feminina por falar sobre a dificuldade e o milagre da criação de uma nova vida. Para outros, é uma história sobre a solidão e a rejeição ao desconhecido ou a tudo o que se considera diferente.
O monstro nasce sem família, sem infância, sem história.

É possível viver sem história, sem referências passadas?
O monstro é um ser sem alma por ter sido criado por um homem?
Por que Frankenstein não tentou ressuscitar seus amigos queridos?

Para algunos, la historia es femenina por basarse en la dificultad
y en el milagro de crear una nueva vida. Para otros es una historia sobre la soledad y el rechazo a lo desconocido o a lo que consideramos diferente.
El monstruo nace sin familia, sin infancia, sin historia.
¿Es posible vivir sin historia, sin referentes?
¿Es el monstruo un ser desprovisto de alma al ser creado por un hombre?
También nos preguntamos:
¿Por qué Frankenstein no intenta resucitar a sus seres queridos?

É curioso imaginar como nós, seres humanos, constantemente criamos monstros, frutos da rejeição e dos preconceitos de tudo o que é considerado diferente. E que esses monstros imaginários se voltam contra nós mesmos.
Quantos monstros criamos no dia-a-dia para depois nos convertermos em seus reféns?
Sem dúvida, a história de Frankenstein, por sua temática, sempre se manterá atual,
talvez porque vivemos lutando contra nossos próprios monstros!!

Es curioso cómo la propia humanidad crea constantemente monstruos, frutos del rechazo y de los preconceptos hacia todo lo que se considera diferente, que, llenos de odio, se vuelven contra ésta para sorpresa de todos. Monstruoso es el preconcepto.
¿Cuántos monstruos creamos día a día para después convertirnos en sus rehenes?
Sin duda, la historia de Frankenstein, por su temática, se mantendrá siempre actual, tal vez porque vivimos luchando contra nuestros propios monstruos.


Frases:
“[...] sinto meu coração brilhar com um entusiasmo que me eleva ao céu, pois nada contribui tanto para tranquilizar a mente como um firme propósito, um ponto sobre o qual a alma pode fixar seu olho intelectual.”
“[...] siento arder mi corazón con un entusiasmo que me transporta; nada hay que tranquilice el espíritu como un propósito claro, una meta en la cual el alma pueda fiar su aliento intelectual.” (Carta 1)

“[...] como é perigoso adquirir saber, e quão mais feliz é o homem que acredita ser a sua cidade natal o mundo, do que aquele que aspira tornar-se maior do que a sua natureza permite.” (Cap. 4)
“[...] aprenda cuánto más feliz es aquel que cree que su ciudad es el centro del universo que quien aspira a elevarse por encima de sus posibilidades.” (Cap. 3)

“Um homem assim tem uma existência dupla: pode sofrer desgraças e ser esmagado pelas decepções, mas, quando se volve para dentro de si mesmo, será como um espírito celestial com um halo a sua volta, dentro do qual nenhuma dor ou loucura serão capazes de se aventurar.”
“Un hombre triste tiene así una doble existencia: puede padecer desgracias y verse empujado por el desencanto, pero, cuando se encuentra consigo mismo, es un espíritu celeste rodeado de un aura cuyo círculo no pueden penetrar la locura ni la pena.” (Carta IV)

A catarata ressoante, de William Wordsworth (1770-1850)
Assaltava-o como uma paixão: as rochas altaneiras,
As montanhas, e os bosques profundos e sombrios,
Com suas cores e suas formas, despertavam nele
Sensações e um amor que não precisavam de
recônditos encantos, nascidos da imaginação,
ou de interesses emprestados
pelo que a visão lhe podia proporcionar.
(Poema, Cap XVIII)

La abadia de tintero, de William Wordsworth (1770-1850)
Amaba, com pasión, la sonora catarata,
La erguida roca, la montaña y el bosque sombrío.
Sus formas y colores no necesitan de otro embrujo,
Pues sus ojos veían lo que outros jamás vieron.
(Poema, Cap. XVII)

“[...] os companheiros da infância sempre possuem certo poder sobre nossas mentes que dificilmente os amigos que se fazem depois podem conseguir. Eles conhecem nossas tendências infantis que, por mais que se alterem depois, jamais são completamente erradicadas e podem julgar mais acertadamente nossas ações quanto a integridade de nossos motivos.” (Cap. XXIV)

“[...] los compañeros de la niñez siempre ejercen sobre nosotros una influencia que rara vez adquieren amistades nuevas. Ellos conocen nuestras primeras inclinaciones, que, por mucho que cambien, jamás se llegan a borrar; y en cuanto a la honestidad de nuestros actos, son los que mejor pueden juzgar nuestros motivos.” (Cap. XXIII)

Mary Shelley

Mary Wollstonecraft Shelley (1797-1851)
Mary Wollstonecraft Shelley (1797-1851) tenía apenas 21 años cuando publicó Frankenstein.

Abrimos o encontro lendo um poema...Abrimos el encuentro leyendo este poema:
COISAS DA VIDA, por CLARICE LISPECTOR
Já escondi um amor com medo de perdê-lo,
já perdi um amor por escondê-lo,
já segurei nas mãos de alguém por estar com medo,
já tive tanto medo ao ponto de não sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava da minha vida,
já me arrependi por isso...
Já passei noites chorando até pegar no sono,
já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos...
Já acreditei em amores perfeitos,
já descobri que eles não existem...
Já amei pessoas que me decepcionaram,
já decepcionei pessoas que me amavam...
Já passei horas na frente do espelho,
tentando descobrir quem sou,
já tive certeza de mim,
ao ponto de querer sumir ...
Já menti e me arrependi...
Já falei a verdade e também me arrependi...
Já fingi não dar importância às pessoas que amava,
para mais tarde chorar quieta em meu canto...
Já sorri chorando lágrimas de tristeza,
já chorei de tanto rir...
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena,
já deixei de acreditar nas que realmente valiam....
Já tive crises de risos quando não podia...
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns,
outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
já fingi ser o que não sou para desagradar outros...
Já senti muita falta de alguém,
mas nunca lhe disse.
Já gritei quando devia calar.
Já calei quando devia gritar...
Já contei piadas e mais piadas sem graça,
apenas para ver um amigo feliz...
Já inventei histórias de final feliz, para dar esperança a quem precisava....
Já sonhei demais,
ao ponto de confundir com a realidade...
Já tive medo do escuro,
hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali"...
Já caí inúmeras vezes,
achando que não iria me reerguer,
já me reergui inúmeras vezes, achando que não cairia mais...
Já liguei para quem não queria,
apenas para não ligar para quem realmente queria...
Já corri atrás de um carro,
por ele levar alguém que eu amava embora.
Já chamei pela mãe no meio da noite, fugindo de um pesadelo,
mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda...
Já chamei pessoas próximas de "amigo", e descobri que não eram,
algumas pessoas nunca precisei chamar de nada,
e sempre foram e serão especiais para mim...
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!...
Não me façam ser o que não sou,
não me convidem a ser igual,
porque sinceramente sou diferente!...
Não sei amar pela metade,
não sei viver de mentiras.
Não sei voar com os pés no chão...
Sou sempre eu mesma,
mas com certeza não serei a mesma para sempre...
com o tempo aprendi que o que importa não é o que você tem na vida, mas QUEM você tem na vida...
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Gosto de cada um de vocês de um jeito especial e único...

________________________________________________________________________
Notícias

No último mês de julho, Gaby publicou seu primeiro livro de contos:
DESDE OTRO LUGAR,
como resultado do Concurso Internacional de Poesia e Narrativa Breve
da Editora argentina De los Cuatro Vientos.
O livro, escrito em espanhol, já está disponivel na Livraria Cultura: http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/busca/busca.asp?nautor=3049521&refino=1&p=1



Parabéns, Gaby!!
El pasado mes de julio, Gaby publicó en Buenos Aires, su primer libro de cuentos
DESDE OTRO LUGAR,
por haber ganado el Certamen Internacional de Poesía y Narrativa Breve
de la Editorial de los Cuatro Vientos.
El libro, escrito en español, también está disponible en la Librería Cultura de San Pablo:


En Buenos Aires se puede encontrar en las siguientes librerías:
Librerias Santa Fe: Todas sus sucursales
Eterna Cadencia: Honduras 5582
Librería 5 esquinas: Libertad 1293
Artea Libros: 9 de julio 62 - Tres Arroyos - Bs. As.
Cadaques: Scalabrini Ortiz 181
Gambito de Alfil: J. Bonifacio 1402
Del sol libros: Superi 1411
El Aleph: Av. Rivadavia 3972
Capítulo dos: Galerias Pacifico
Del Estudiante: Bartolome Mitre 2100
Kier: Av. Santa Fe 1260
Devas: Corrientes y Callao
Crime Libros: Lavalle 985
Lecturas: San Martin 301 Trenque Lauquen
Soho Libros: En sus dos sucursales de Palermo
Orden del Norte: Shopping Paseo de Pilar - Pilar

4 comentários:

  1. ¿No es curioso que llamemos "semejantes" a nuestro prójimo? No es igual de "próximo" alguien que no es "semejante" a nosotros? Creo que todo tiene que ver con el gran dilema de la aceptación...
    Un beso

    ResponderExcluir
  2. El encuentro de Frankenstein fue muy bueno! Me encantó participar de las conversaciones.
    Personalmente confieso que esta novela no estaba en mi lista de “libros pendientes de lectura” y que me ha sorprendido gratamente.
    La trama está llena de persecuciones de sueños y de monstruos. Es una novela que no se olvida porque el tema central se mantiene siempre actual.
    Me quedé con ganas de leer los libros que cita el monstruo: Las desventuras del joven Werther, de Goethe, El paraíso perdido, de Milton y Vidas Paralelas, de Plutarco.
    Marqué estas reflexiones de la criatura en el Capítulo 23 de mi libro en español de la Ed. Longseller:
    “¿Soy el único criminal? ¿Y el pecado de toda la raza humana? ¿Por qué no odia usted a Félix que me arrojó de su casa? ¿Por qué no maldice a aquel campesino que me quiso matar luego de yo salvara a su hija? Para usted, ellos son virtuosos. Yo en cambio, el infeliz, el proscrito, soy el aborto. Fui creado para que me señalen, me golpeen y me rechacen. Ahora que recuerdo estas injusticias, vuelve a arderme la sangre.”
    Esperamos sus comentarios!
    Saludos, Gabriela =)

    ResponderExcluir
  3. Adorei a descrição do livro. Despertou curiosidade pela leitura da obra! De fato, o tema parece ser atual. Vocês acham que é uma boa dica de leitura para um adolescente? Ou a leitura exige certa maturidade?

    Bjs!

    Cintia

    ResponderExcluir
  4. Cintia, eu acho que o livro é ótimo também para adolescentes!
    Mas vai depender da idade e, claro, do interesse do adolescente... Há também no mercado algumas versões resumidas e a história em quadrinhos. Logicamente a versão original é mais intrigante, pois nos remete à época e às circunstâncias da escrita e da autora.
    Assim, se houver interesse por parte do adolescente, não vejo por que não ler a versão integral.

    Beijos,
    Andréa

    ResponderExcluir

Escriba su comentario, haga Click en NOME/URL (Nombre), detalle su nombre y gaha Click en PUBLICAR COMENTARIO.
Para deixar um comentário, após escrevê-lo, escolha a identidade NOME/URL, escreva seu nome e clique em PUBLICAR COMENTÁRIO.