Para o encontro de março (dia 17, terça-feira),
serão 2 as obras:
Órfãos do Eldorado, de Milton Hatoum e
A Revolução dos Velhinhos na Ilha do Saber, de Dorival Leal.
Desde o início do Nosso Clube de Leitura, Dorival é nosso companheiro de leituras e conversas. Agora assumirá outro papel, o de alvo de nossas críticas e elogios! Segundo ele, "Ilha do Saber não é um livro erudito, mas suscita a erudição, na medida em que incita o leitor a ir além do seu contéúdo, como constatou o Dr. Gheorghiu, no prefácio, para esta edição. Retrata as condições do idoso desamparado pelas próprias famílias ao mesmo tempo em que tenta despertar no jovem o que poderá encontrar pela frente. Uma história de ficção, baseada em fatos reais da nossa atualidade."
Milton Hatoum nasceu em Manaus, em 1952, filho de imigrantes libaneses. Publicou seu primeiro romance, Relato de um certo Oriente, aos 37 anos. Com ele, vamos conhecer de perto histórias do Amazonas.
Um único livro provocou tremendo "delírio" entre os participantes (mais propriamente as paerticipantes). Imaginem com dois! Será que vai sobrar pra mim...
ResponderExcluirDorileal
Gabriela, pois não fique ansiosa. Veja o que escreveu Lou Marinoff, em Pergunte a Platão, sobre expextativas: Todos nós abrigamos determinadas expectativas... você só pode ficar irritado com suas próprias expectativas não atendidas sobre o comportamento de uma pessoa e não com a própria pessoa.Livre-se das expectativas e se livrará também dos mal-estares. Praticamente todo mal-estar é causado por alguma expectativa não atendida
ResponderExcluirDorival Leal
Dorival,
ResponderExcluirObrigada pelas suas palavras. Vou tentar me livrar dessas expectativas! =)
Gostou do livro de Hatoun?
A gente se vê em 10 dias!
Um abraço, Gabriela
Gabriela, o livro já se encontra na livraria. O do Hatoum, leio hoje, depois comento.
ResponderExcluirTenha um ótimo final de semana
Dorival
Bom Dia Meninas!
ResponderExcluirParabéns pelo Dia Internacional da Mulher. Que ele não seja apenas para registrar a data, mas que seja um dia marcante para cada uma de vocês.
Dorival Leal
COMENTÁRIOS DE TANIA DOMINGUES SOBRE O LIVRO 'A REVOLUÇÃO DOS VELHINHOS NA ILHA DO SABER' DE DORIVAL LEAL:
ResponderExcluir"Tive o prazer de acompanhar de perto a criação desta obra de ficção,baseada em fatos reais. Foi um trabalho de muita pesquisa e dedicação. O livro, além de me fazer pensar sobre o estilo de vida que levo hoje, fez com que eu passasse a me "preocupar" com a qualidade de vida, que quero também para meu futuro, já que é uma consequência do hoje. Através das citações que o autor faz de alguns filósofos, também comecei a me interessar por Filosofia e aprendi o quanto ela está presente em nossas vidas. É um livro de muitos ensinamentos, gostoso de ser lido e que prende nossa atenção do começo ao fim."
Olá, amigos e amigas leitoras,
ResponderExcluiressa é mais uma das façanhas da leitura: um mesmo livro despertar os mais variados sentidos nas pessoas. Acabei de ler Hatoum e, para mim, Órfãos do Eldorado foi pura poesia. Achei que ele conseguiu passar na leitura o ritmo da Amazônia dos índios. E mostra também muito da história da região e das histórias e lendas do povo. Fala da realidade e do imaginário em que todos vivemos, em graus menores ou maiores.
Abraços a todos! Até terça-feira!
Andréa
Caras amigas e amigo do Clube.
ResponderExcluirInfelizmente, não poderei estar presente esta noite em nosso encontro. Surgiu um curso de última hora... mas não posso deixar de dar alguma contribuição que, espero, seja lida a tempo de ser levada por Andréa e Gabi até vocês.
Primeiro, quero registrar que Dorival tem um gosto parecido com o meu, no que diz respeito à leitura. Ao longo do livro, fui identificando ingredientes que me lembraram obras já lidas: a ilha e sua organização aparentemente perfeita, lembrando Utopia, de Morus; a revolução dos velhinhos e suas consequências, lembrando a Revolução dos Bichos, de Orwell; citações sobre a velhice de oradores clássicos como Cícero, Sêneca... e, ao final, vejo uma bibliografia que cita exatamente essas obras! Dorival, achei interessante você mencionar as obras consultadas, mesmo se tratando de uma ficção. Remete o leitor à busca por novos horizontes, ajudando-o a enriquecer sua bagagem literária.
O texto é simples e de fácil leitura. A menção, na "orelha", de que o trabalho foi em parte motivado pela experiência pessoal do autor, traz curiosidade a respeito de sua história, de seus dramas de consciência e do seu trabalho de resgate pessoal.
Quanto ao "Órfãos do Eldorado", também encontrei referência a textos clássicos. A citação inicial do poeta grego, que ao final é repetida no contexto do livro, tem muita semelhança com outro "grego" (por adoção, já que Sêneca nasceu em Córdoba, Espanha, durante a dominação romana, que também abarcava a grécia e era muito influenciada por sua cultura). Vejam a semelhança:
"Pensas que só a ti isso aconteceu e te admiras como se fosse uma coisa nova o fato de em tão longa peregrinação e em tanta variedade de lugares não teres tirado a tristeza e a gravidade da mente? Deves mudar o ânimo, não o céu. Mesmo que atravesses o vasto mar, mesmo que, como diz o nosso Virgílio, 'se percam a terra e as cidades' os vícios te seguem e te perseguem aonde quer que vás. Sendo perguntado sobre isso, Sócrates disse: 'Por que te admiras de que em nada as viagens te beneficiem quando te levas contigo? Vai atrás de ti a mesma causa que te faz fugir'. (...) Perguntas por que essa fuga não te ajuda; ora, tu foges de ti mesmo. É o peso da alma que deves deixar: antes disso, nenhum lugar te agradará".
Gostei do estilo literário, do modo poético de escrever, algo de magia em função das histórias mal esclarecidas que, por isso mesmo, acabam virando lendas...
No mais, o personagem central, no fundo, não passa de uma pessoa preguiçosa que, sob mil pretextos, fez-se ocioso pela vida afora. E, como sabemos, mentes ociosas são "a oficina do diabo". Ou seja, atribuo sua paixão desmedida e interminável por uma quase desconhecida, aos desvarios que ocupam mentes que têm espaço sobrando.
Vislumbrei (não sei se "viajei") um quê de homossexualismo na figura de Stiliano, na conversa final (aliada ao fato de sua solteirice e extrema dedicação ao pai do personagem central).
Desculpem a falta de nomes, estou escrevendo sem ter os livros à mão.
Pena não estar com vocês. Adoraria enriquecer minhas impressões com as de todos.
Esperam que se divirtam.
Abraços,
Fernando
Ah, sim!
ResponderExcluirA respeito da velhice, recomendo a leitura de Sêneca - as cartas denominadas "Da Brevidade da Vida" e "Da qualidade da vida comparada com a sua duração", no mesmo livro em que se encontra a citação sobre a Viagem que fiz no post anterior: "Sêneca, Aprendendo a Viver", Editora L&PM Pocket. Além desses textos, o livro tem muitos outros, bastante interessantes.
Abraços!
Fernando
Meu caro Fernando, obrigado por seus comentários. Queria compartilhar com você o livro de Sêneca citado por você, pg.44: "Infinita é a velocidade do tempo, a qual parece maior quando olhamos para trás. Pois aos atentos ao presente engana, porque leve é a passagem de sua fuga precipitada. Queres a causa disso? Todo o tempo transcorrido está no mesmo lugar: o que vemos simultaneamente está junto. Todas as coisas caem no mesmo buraco... O que vimos é um instante. A natureza dividiu essa coisa mínima para dar aparência e duração... De uma parte, fez a infância, de outra a meninice, depois a adolescência, o declínio à velhice. Em algo tão estreito, quantos degraus há!".Isso me faz pensar: se alguém ficar no mesmo lugar, o tempo todo, sem se mexer, não haveria mudança no tempo!?
ResponderExcluirUm abraço
Dorival
Tania, para quem não sabe, é uma mulher maravilhosa, que não só esteve presente durante o período em que escrevi o "A Ilha do Saber", mas, e principalmente na minha vida. Tania,eu não sabia da contribuição prática que este pequeno livro proporcionou a você. Por onde estiver quero que saiba, fiquei muito feliz por isso e grato por com seu comentário.
ResponderExcluirSobre a 5ª reunião
Queria agradecer muito a todas que puderam participar da nossa 5ª reunião, apesar dos transtornos provocados pelo temporal que caiu bem no horário sobre a cidade. Fiquei muito satisfeito com o resultado da análise sobre meu livro. As críticas serviram eficazmente para uma reflexão bastante positiva em relação ao que escrevi e vou continuar escrevendo.
(Para aqueles que queriam saber mais sobre Jeremias, em breve revelarei uma foto, inédita, dele e de onde ele habita).
Um abraço a todos
Dorival
Pela primeira vez em um encontro do clube de leitura, tivemos o autor do livro entre nós. O debate foi interessante, pudemos sentir um pouco dos dois lados, o do escritor e o do leitor. Dorival, obrigada por partilhar sua experiência conosco. Quanto ao livro de Hatoum, tanto o ritmo da leitura como o personagem principal foram motivos de controvérsias entre os participantes. Em breve postaremos uma descrição do encontro.
ResponderExcluirPara os colegas de leitura(pelo que vi seriam "as colegas")que não me conhecem me chamo Leonardo Leal, na verdade sou muito suspeito para comentar sobre o livro de meu pai, mas tentarei ser o mais imparcial possível. Atualmente tenho 24 anos e acredito que seria difícil na minha condição comprar ou ler um livro com esse titulo " A revolução dos Velhinhos..." Se fosse um livro com propósito comercial provavelmente deveria se chamar apenas " A Ilha do Saber" visto que o termo "velhinhos" parece, em um primeiro momento, limitar a leitura a esse grupo. Porém o propósito da obra não é comercial e como diz o ditado não devemos julgar um livro por sua capa. A proposta do livro não se limita ao meio comercial e tenta nos passar um mensagem muito mais profunda.
ResponderExcluirTodos nós temos um caminho a ser enfrentado em nossas vidas e muitas vezes esse caminho nos leva à velhice, é um tema difícil e muito pouco abordado, a chamada "melhor idade" merece uma consideração muito maior de nossa literatura. Na minha condição(de um jovem de 24 anos) eu não tenho a capacidade de prever, ou sequer imaginar como será minha vida(se Deus quiser chegarei lá) quando tiver 60, 70,80 ou 90 anos. O que me espera?Quais serão meus desafios e mais importante qual será meu propósito quando eu chegar em tal situação?.
Essas foram reflexões que passaram por minha cabeça ao ler o livro, acredito que essa motivação para imaginar e até planejar o futuro consistem na grande contribuição da obra.
Do ponto de vista técnico o livro apresenta uma leitura extremamente dinâmica até para aqueles não habituados à leitura, é uma leitura rápida, que nos prende a atenção.
Um importante ponto a ser destacado é a questão dos protagonistas. Conforme os acontecimentos mudam os protagonistas se alternam de forma que as qualidades de cada um se valorizam conforme a situação, me surpreendi ao ver Nair tomar conta da situação, não a via como um personagem importante até o momento que suas qualidades de liderança se mostraram necessárias para a continuidade dos acontecimentos.
Por fim só posso dizer que sinto grande orgulho de meu pai, pelos ensinamentos e por sua contribuição em minha vida.
Espero que não só o livro mas a convivência com essa grande pessoa acrescente tanto a vocês como acresentou a mim.
Sou fã do escritor desde o livro “O Armagedon”, Por isso não vou opinar sobre o autor. Sobre “A Revolução dos Velhinhos...” posso dizer que é uma história comovente, real e bastante instigante, me fez repensar sobre a vida das pessoas que amamos, principalmente, dos nossos pais e avós. Com esse propósito, abri há algum tempo uma comunidade do livro no Orkut e convido a todos a participar dela, o endereço é... /www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=64611737
ResponderExcluirAh..só mais ums coisinha, concordo com o Léo quanto ao título.
E estou lendo os livros recomendados, logo mais posto um comentário.
Parabéns pela iniciativa do clube, abraços
AO GRUPO DO CLUBE DA LEITURA
ResponderExcluirCONHEÇO DORIVAL HÁ POUCO TEMPO,MAS JÁ PERCEBI SUA EXTREMA SENSIBILIDADE NA OBSERVAÇÃO DO COTIDIANO. SEU LIVRO É MUITO RELEVANTE,NA MEDIDA QUE AS IDÉIAS TRANSCENDEM AS PALAVRAS COM COLOCAÇÕES SIMPLES MAS NÃO SIMPLISTAS. UMA LEITURA QUE FLUE RÁPIDO MAS DEIXA ESPAÇO PARA REFLEXÕES PROFUNDAS SOBRE"NOSSO"
FUTURO.SÓ LAMENTEI(E JÁ DISSE A ELE) NÃO TERMINAR COM UM "HAPPY END", AFINAL AS MULHERES SEMPRE ESPERAM ISSO,MESMO QUE DISFARCEM.UM ABRAÇO A TODOS E PARABÉNS AO DORIVAL
A TODOS DO CLUBE DA LEITURA
ResponderExcluirCONHEÇO O ESCRITOR HÁ POUCO TEMPO, MAS JÁ PUDE PERCEBER SUA SENSIBILIDADE NA AVALIAÇÃO DO COTIDIANO DAS PESSOAS. SEU LIVRO É SIMPLES SEM SER SIMPLISTA, AS IDEIAS TRANSCENDEM AS PALAVRAS,FLUE RÁPIDO MAS DÁ ESPAÇO PARA A REFLEXÃO SOBRE O "NOSSO' FUTURO.PAREBÉNS A TODOS PELA ESCOLHA E EM ESPECIAL PARA O DORIVAL.
PS: SÓ LAMENTEI NÃO TER UM "HAPPY END" AFINAL AS MULHERES SEMPRE POR ESPERAM ISSO, MESMO QUE DISFARCEM.ASS;ELIANA
Tania,Leo, Sue, Eliane:
ResponderExcluirObrigada pelos comentarios. Convidamos vocês também a formar parte do nosso clube.
Ter um escritor presente no encontro foi uma experiência muito interessante e deu para conversar e tirar duvidas sobre o processo de criação da obra.
Um abraço e continuem em contato com a gente!
Gabriela y Andréa
CARAS GABRIELA E ANDREIA
ResponderExcluirAGRADEÇO O CONVITE E PROMETO PENSAR NO ASSUNTO.MINHA AGENDA É COMPLICADA,POIS COMO MÉDICA SEMPRE DOU PRIORIDADE A LEITURAS RELACIONADAS A AREA CIENTÍFICA.A TODOS DESCULPEM O COMENTÁRIO DUPLO, MAS O FATO É QUE AINDA NÃO SOU MUITO ÍNTIMA DA INFORMÁTICA E ME ATRAPALHEI AO ENVIAR A PUBLICAÇÃO.
PS: MELHOR PARA O ESCRITOR QUE TEM 2 COMENTÁRIOS ELOGIOSOS. ABRAÇOS A TODOS ELIANA
Dorival, obrigada pelas palavras a mim dirigidas. Você foi, é e sempre será muito importante na minha vida. Te desejo muito sucesso em seu novo livro. Agradeço também pelo convite do Clube de Leitura,com certeza terei prazer em visitá-los.
ResponderExcluirCaro Dorival.
ResponderExcluirOs antigos nos ensinam muito, e vejo que você também gosta deles.
Há um livro muito gostoso de se ler, originalmente se chama "Meditações", mas há edições que alteraram o nome para "O Guia do Imperador", certamente para angariar os fãs de auto-ajuda. São citações tiradas dos apontamentos feitos pelo imperador romano Marco Aurélio, um dos que ficaram na história como homens de caráter, conscientes de sua posição.
Livro de cabeceira, recomendo a você e a todas as nossas colegas.
Abraços,
Fernando