Tolstói,
Virginia Woolf,
Ernesto Sábato, Marçal Aquino,
W. Faulkner, Mia Couto, Pepetela,
Malcolm Lowry, Javier Cercas, María Dueñas, J. P. Villalobos e Yasunari Kawabata
são os escritores que nos
deleitaram com seus livros durante 2013!
FELIZES FESTAS!
A literatura nos abre as portas de novos mundos, nos ensina a enxergar a vida com outros olhos, sem preconceitos.
E porque a literatura enriquece a alma, no sarau de fim de ano, cada leitor recebe de presente a leitura de um poema, um conto ou um trecho de algum romance.
La literatura nos abre las puertas de nuevos mundos, nos enseña a ver la vida con otros ojos, sin preconceptos.
Y porque la literatura enriquece el alma, en el sarau de fin de año, cada lector recibe de regalo la lectura de un poema, un cuento o un fragmento de una novela.
Lyzia Sandra
Lirys Maria Inês
Fernando Cecilia
Helena
A Felicidade conjugal /
La felicidad conyugal
Tosltói publicou sua primeira novela, A Felicidade Conjugal, em 1959. Neste livro, de apenas 100 páginas, o autor descreve magistralmente a fases de uma relação conjugal: o namoro, a paixão, o amor pleno e, com o passar do tempo: o desgaste, o desencantamento, a melancolia, até a aceitação de um novo tipo de amor diferente ao inicial.
Existe certa ironia na idealização do matrimónio e também uma crítica sutil à igreja ortodoxa e seus fieis. Temas como a pobreza dos camponeses e a enorme diferença entre as classes sociais estão presentes no livro.
“Tolstói se desilude com a igreja ortodoxa, oficial, ligada ao Estado, com sua riqueza, seu parasitismo, seu afastamento do povo, e sua crítica foi se tornando cada vez mais aguda e inflexível. Na década de 1880, ele rompe com a igreja ortodoxa e funda sua própria religião, um tipo de cristianismo puro, sem padres e ritos.” (Trecho extraído do prefácio de Maria Aparecida Botelho Pereira Soares)
Tolstói publicó su primera nouvelle, La Felicidad Conyugal, en 1959. En este libro de apenas 100 páginas, el autor describe magistralmente las fases de una relación conyugal: el enamoramiento, la pasión, el amor y, con el pasar del tiempo: el desgaste, el desencantamiento, la melancolía, hasta la aceptación de un nuevo tipo de amor diferente del inicial.
Existe cierta ironía en la idealización al matrimonio y también una crítica sutil a la iglesia ortodoxa e sus fieles. Temas como la pobreza de los campesinos y la enorme diferencia entre las clases sociales están presentes en el libro.
“Tolstói se desilusiona con la iglesia ortodoxa, oficial, ligada al Estado, con su riqueza, su parasitismo, su alejamiento del pueblo, y su crítica se fue tornando cada vez más aguda e inflexible. En la década de 1880, él rompe con la iglesia ortodoxa y funda su propia religión, un tipo de cristianismo puro, sin padres y ritos.” (Fragmento extraído del prefacio de Maria Aparecida Botelho Pereira Soares. Traducción: Gabriela Colombo)
"Ficava tudo fechado, as portas e as persianas; somente uma mosca ou um mosquito zumbiam em algum lugar. Minha vontade era de não sair desse quartinho, de que não chegasse a manhã, não queria que se dissipasse aquela atmosfera espiritual que me rodeava. Parecia que meus sonhos, pensamentos e orações eram seres vivos, que estavam ali comigo na escuridão, esvoaçando ao lado da cama ou pairando sobre mim. E cada pensamento era dele, cada sentimento - era dele. Eu ainda não sabia que isso era amor, pensava que era uma coisa que podia acontecer sempre, que esse sentimento ocorria sem motivo."
“Olhando para frente, na alameda por onde caminhávamos, eu tinha permanentemente a impressão de que não poderíamos ir mais adiante, de que mais à frente terminava o mundo do possível e que tudo aquilo provavelmente tinha sido congelado na sua beleza. Mas mesmo assim avançávamos, e a parede mágica da beleza se abria, dando-nos passagem. E atrás dela também eram o nosso jardim, as arvores, os caminhos, as folhas secas, como os conhecíamos. E era real que andávamos pelas estradinhas, pisávamos nos círculos de luz e sombra, era real o farfalhar de uma folha seca sob o meu pé, e um galho frio que bateu no meu rosto. E também era verdade que ele caminhava ao meu lado, segurando-me cuidadosamente pelo braço, e era realmente Kátia que andava com dificuldade ao nosso lado. E decerto aquilo era a lua, que, do céu, nos iluminava através dos ramos imóveis.”
“Nada respondi, sem poder desviar meus olhos dos dele. De repente, algo estranho me aconteceu: inicialmente deixei de ver o que estava ao redor; depois, o rosto dele desapareceu da minha frente e somente seus olhos brilhavam diante dos meus; depois, me pareceu que seus olhos estavam dentro de mim, e tudo ficou turvo, eu não vi mais nada e tive de piscar com força para escapar daquela sensação de prazer e medo que me causava o seu olhar...”
“Eu sentia que havia entre nós um limite para a ternura, o qual ele não queria e eu não podia ultrapassar. Às vezes ficava triste com isso, mas não tinha tempo de refletir sobre o que quer que fosse e procurava esquecer a mágoa pelas mudanças, ainda incompreendidas, com as diversões, que estavam sempre prontas, à minha espera. A vida mundana que me inebriava, no início por seu brilho e afagos à minha autoestima, logo dominou todo o meu ser, tornou-se um hábito e me aprisionou, passando a ocupar na minha alma o lugar que deveria ser dos sentimentos. Eu nunca ficava sozinha comigo mesma e tinha medo de pensar sobre minha situação. Todo o meu tempo, do final da manhã até altas horas da noite, estava ocupado e não me pertencia, mesmo que ficasse em casa. Não achava isso nem divertido, nem aborrecido, achava que as coisas deveriam ser mesmo assim.”
Parágrafo final do livro:
“A partir daquele dia terminou me romance com meu marido. O antigo sentimento tornou-se uma recordação preciosa, mas impossível de renacer. Um novo sentimento, de amor aos meus filhos e ao pai deles, deu início a uma nova vida, uma vida feliz mas diferente, qua ainda estou comeñando a viver...”
Adoramos ler: A Felicidade Conjugal!!
Quase uma fantasia, de Beethoven.
A música que Mária Aleksândrovna toca para Serguei no Cap. 1
Leon Tolstói
Leon Tolstói (Yasnaya Polyana, 1828 — Astapovo, 1910). Foi um dos grandes mestres da literatura russa do século XIX, junto a Dostoiévski, Turgueniev, Gorki e Tchecov. Alguma de suas obras mais famosas são Guerra e Paz, sobre as campanhas de Napoleão na Rússia, e Anna Karenina, onde, retrata o papel da mulher na sociedade da época. Tolstói nunca aceitou a ideia da emancipação feminina. Para ele a mulher deve ser submissa ao marido, mesmo que isso signifique seu sacrifício pessoal. O marido tem a obrigação de ser fiel à esposa, ser seu mentor e guia-la pela vida.
Morreu aos 82 anos, de pneumonia, durante uma fuga de sua casa, buscando viver uma vida simples, perto da natureza
Leon Tolstói (Yasnaya Polyana, 1828 — Astapovo, 1910). Fue uno de los grandes maestros de la literatura rusa del siglo XIX, junto a Dostoiévski, Turgueniev, Gorki e Tchecov. Entre sus obras más famosas se encuentran Guerra y Paz, sobre las campañas de Napoleón a Rusia, y Anna Karenina, donde retrata el papel de la mujer en la sociedad. Tolstói nunca acepto la idea de la emancipación femenina. Para él la mujer debe ser sumisa al marido, por más que eso signifique su sacrificio personal. El marido tiene la obligación de ser fiel a la esposa, ser su mentor y de guiarla por la vida. Murió a los 82 años de neumonía, durante una fuga de su casa, tratando de vivir con simplicidade, cerca de la naturaleza.
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Lembrancinha do encontro
Martha Medeiros
A PIOR VONTADE DE VIVER
Todos são tão compreensivos, aceitam tão bem suas escolhas, torcem por tudo o que você faz, não é mesmo? Desde que você faça o que está no script. Que siga o que foi determinado no roteiro, aquele que foi escrito sabe-se lá por quem e homologado no instante mesmo em que você nasceu. Mas e quem não quiser seguir este script?
Ela é complexa, angustiante, subjetiva e intensa. Ela, a pior vontade de viver. A que não está disposta a negociar com a vontade dos outros.
No entanto, esta que foi chamada de a "pior" vontade pode ser também uma vontade genuína e inocente. É a vontade da criança que ainda levamos dentro, entranhada. É o desejo de açúcar, de traquinagem, de fazer algo escondido, de quebrar algumas regras, de imitar os adultos. A "pior" vontade é curiosa, quer observar pelo buraco da fechadura e depois, mais ousadamente, abrir a porta e entrar no quarto proibido. A "pior" vontade é a de não se enraizar, não assinar contrato de exclusividade, não firmar compromisso, não render-se às vontades fixas, apenas às vontades momentâneas, porque as fixas correm o risco de deixar de serem vontade para se transformarem em vaidade - como se sabe, há sempre aqueles que se envaidecem da própria persistência.
A "pior" vontade não quer ganhar medalha de honra ao mérito, não quer posar para fotografias, não quer completar bodas de ouro nem ser jubilada. A "pior" vontade não faz a menor questão de ser percebida, ela quer ser realizada. É quando você sabe que não deveria, mas vai. Sabe que não será fácil, mas enfrenta. Sabe que tomarão como agressão, mas arrisca. Aqui, cabe lembrar: apenas sentem-se agredidos aqueles que te invejam.
A vontade oficial, a vontade santinha, a que não causa incômodo é a outra, a aprovada pela sociedade, a que não leva em conta o que vai no seu íntimo, e sim a opinião pública. É a vontade que todos nós, de certa forma, temos de mostrar para os outros que somos felizes, sem saber que para conseguir isso é preciso, antes, ter a "pior" vontade, aquela que faz você descobrir que ser feliz é ter consciência do efêmero, é saber-se capaz de agarrar o instante, é lidar bem com o que não é definitivo - ou seja, tudo.
É com esta "pior" vontade de viver que você atrai os outros, que seu magnetismo cresce, que seu rosto rejuvenesce e que você fica mais interessante. É uma pena que nem todos tenham a sorte de deixar vir à tona esta que Clarice Lispector chamou de a pior vontade de viver, que, secretamente, é a melhor.
27 de maio de 2007, Martha Medeiros, do livro Doidas & Santas
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Achados e Perdidos
(Grupo Literário Martelinho de Ouro)
No mês de novembro passado lançamos, junto com um grupo de escritoras amigas, a coletânea de contos: Achados e Perdidos
El 24 de noviembre pasado lanzamos la antologia de cuentos: Achados e Perdidos, dentro de la programación de la 8° Balada Literaria, de San Pablo.
El libro reúne diversas historias de 13 escritoras amigas integrantes del Grupo Literario Martelinho de Ouro.
O livro reúne 42 histórias das escritoras:
Concha Celestino, Cris Gonzalez, Deborah Dornellas, Eliana Castro, Fatima Oliveira, Flávia Helena, Gabriela Colombo, Gabriela Fonseca, Izilda Bichara, Lucimar Mutarelli, Paula Bajer Fernandes, Regina Junqueira e Teresinha Theodoro.
"Os textos fazem com que nos encontremos em nós mesmos.
E em seus testemunhos nos irmanamos. Rimos ou nos solidarizamos com esse momento que chamamos de vida. Ler este livro me fez perceber
que não estou tão sozinho quanto julgava estar."
Lourenço Mutarelli
"Los textos hacen que nos encontremos en nosotros mismos.
Y en sus testimonios nos hermanamos.
Reímos o nos solidarizamos con ese momento que llamamos de vida.
Leer este libro me hizo percibir que no estoy tan solo como juzgaba estar."
Lourenço Mutarelli
“Escrevo-te em desordem, bem sei. Mas é como vivo.
Eu só trabalho com achados e perdidos.”
Clarice Lispector
“Te escribo en desorden, lo sé. Pero es como vivo.
Yo sólo trabajo con hallados y perdidos.”
Clarice Lispector
Eu só trabalho com achados e perdidos.”
Clarice Lispector
“Te escribo en desorden, lo sé. Pero es como vivo.
Yo sólo trabajo con hallados y perdidos.”
Clarice Lispector
Lançamento na da Balada Literária 2013 de São Paulo.
Compre o livro no site da editora:
ou no centro cultural B_arco:
Rua Virgílio de Carvalho Pinto, 426- Pinheiros.
Viva o Grupo Literário Martelinho de Ouro
e seu primeiro livro!
Longa vida ao Clube de leitura e parabéns, Gabriela Colombo, por esse trabalho tão bonito.
ResponderExcluirE viva o Grupo Literário Martelinho de Ouro e seu primeiro livro!
Um beijo,
Izilda Bichara
Obrigada Izilda!! E vamos por mais!
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